sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Daniel Johns e a Anorexia


Em 1997, na turnê do "Freak Show", começou a evidenciar-se a depressão e a paranóia de Daniel Johns. Depois da turnê encerrada, Daniel mudou-se da casa dos seus pais para uma casa que ele havia comprado após um conselho de seu terapeuta. Mas as coisas pioraram no início de 1998, quando ele começou a isolar-se, não mais sair de casa e não fazer nada, somente escrever poesia. "Eu não queria aparecer em público porque eu tenho muitos problemas com a minha ansiedade, eu preciso tomar remédios toda vez que eu deixo a minha casa, achava que as pessoas estavam conspirando em torno de mim e toda vez que eu deixava a casa eu ficava abatido", disse. Morando sozinho, longe da atenção, dos olhares de sua família e amigos, o distúrbio alimentar de Daniel apareceu e logo foi intensificando-se. Quando escrevia as letras do álbum Neon Ballroom, em especial a de "Ana's Song", Daniel chegava a comer dois ou três pedaços de frutas por dia. Não se sabe o peso que ele perdeu, mas quando chegou aos 50 kg, Daniel foi ao médico e ele disse que tratava-se de uma Anorexia nervosa e as coisas precisariam mudar ou então ele morreria. Ao contrário dos que possuem esse distúrbio, Daniel não se achava gordo, mas se via "embaraçado" por estar tão magro, chegou algumas vezes a pensar em suicídio. A explicação da doença foi que com o sucesso muito precoce da banda, a parte psicológica de Daniel entrou numa profunda depressão e desenvolveu problemas de distúrbios alimentares. Mas a crise foi superada e resultou em um grande trabalho chamado: Neon Ballroom

Daniel Johns: "Eu comecei a me tornar uma pessoa normal novamente e levando uma vida normal, sorrindo e tudo, eu não conseguia isso".

.elkan

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Young Modern

1. Young Modern Station
2. Straight Lines
3. If You Keep Losing Sleep
4. Reflections Of A Sound
5. Those Thieving Birds
6. The Man That Knew Too Much
7. Waiting All Day
8. Mind Reader
9. Low
10. Insomnia
11. All Across The World


Lançado em 2007, após longos 5 anos do inesquecível Diorama e de seus integrantes trabalharem com projetos paralelos, como a banda The Dissociatives, formada pelo guitarrista/vocalista Daniel Johns e de igual maneira o tecladista australiano Paul Mac; e Tambalane, formada pelo baterista Ben Gillies, Silverchair lança o seu 5º álbum, o "Young Modern". Como sempre, diferente de tudo já elaborado pela banda. O disco mostra um Silverchair mais maduro e fazendo o que gosta. Se engana, portanto, quem pensa que encontrará melodias assobiáveis como a de "Miss You Love", ou riffs destruidores como os de "Israel's Son". Ao contrário, quem se dispor a conhecer "Young Modern" ouvirá um Silverchair com mais personalidade e com músicas de arranjos complexos e elaborados.

.elkan

Diorama

1. Across The Night
2. The Greatest View
3. Without You
4. World Upon Your Shoulders
5. One Way Mule
6. Tuna In The Brine
7. Too Much Of Not Enough
8. Luv Your Life
9. The Lever
10. My Favourite Thing
11. After All These Years

Diorama é o sucessor do Neon Ballroom e foi lançado no ano de 2001. Se o antecessor deste novo álbum foi um marco na carreira dos Silverchair, então é com Diorama que esse marco se torna realmente sólido.

O que se esconde por detrás do título deste trabalho é, literalmente, um mundo dentro de um (outro) mundo. Faz todo o sentido se avaliarmos a quantidade de distintos passeios que cada faixa nos esconde. Este álbum é o bilhete para a liberdade dos Chair. Agora livres das imensas comparações que lhes foram feitas em anteriores trabalhos e que, de algum modo, diminuía o seu verdadeiro potencial, conseguem com Diorama elevar-se ao lugar para o qual trabalharam desde sempre. As expectativas que rondaram a banda desde os seus tempos primórdios foram totalmente superadas.

.elkan

Neon Ballroom

1. Emotion Sickness
2. Anthem For The Year 2000
3. Ana's Song (Open Fire)
4. Spawn Again
5. Miss You Love
6. Dearest Helpless
7. Do You Feel The Same
8. Black Tangled Heart
9. Point Of View
10. Satin Sheets
11. Paint Pastel Princess
12. Steam Will Rise

Lançado em 1999, esse CD retrata bem o período pelo qual Daniel Johns passou. Se fosse para resumir em uma única palavra esse álbum do Silverchair, essa seria: "Amadurecimento". Para quem já achou surpreendente uma banda de jovens australianos ter alcançado tamanho prestígio e admiração por seu trabalho "Freak Show", vai curvar-se perante ao talento transbordante da banda, evidenciado em "Neon Ballroom". O álbum vem com um repértório escolhido à dedo, que traz desde baladas alucinógenas como "Miss you love" e "Ana's Song" até o rock característico da banda como nas faixas "Anthem for the year 2000" e "Spawn again".

.elkan

Freak Show

1. Slave
2. Freak
3. Abuse Me
4. Lie To Me
5. No Association
6. Cemetery
7. The Door
8. Pop Song For Us Rejects
9. Learn To Hate
10. Petrol & Chlorine
11. Roses
12. Nobody Came
13. The Closing

Quando lançou este disco, em fevereiro de 1997, o Silverchair era literalmente uma banda de garotos que estavam começando a sair da adolescência. O som, como não poderia deixar de ser, era selvagem e contestador. Freak Show confirmou a boa impressão deixada com Frogstomp, o trabalho de estréia, que havia sido lançado dois anos antes.
Melodias pesadas e bem tocadas, grandes riffs de guitarra e letras bem marcantes fizeram deste CD um dos mais badalados daquele ano. Outro ponto que chamou a atenção da crítica foi a qualidade vocal de Daniel Johns, desde então apontado como um dos melhores cantores de rock. Várias músicas deste álbum fizeram sucesso, entre elas, "Slave", "Freak", "Abuse Me" e "Cemetery".

.elkan

Frogstomp

1. Israel's Son
2. Tomorrow
3. Faultline
4. Pure Massacre
5. Shade
6. Leave Me Out
7. Suicidal Dream
8. Madman
9. Undecided
10. Cicada
11. Findaway




Lançado em 1995 e produzido por Kevin Shirley, e apesar da pouca idade dos integrantes do Silverchair esse cd é muito bom... tem uma pegada muito boa e já mostrava o talento do Daniel para os vocais. Daí pra frente, o Silverchair passa a crescer e conquistar fãs em todo o mundo. Frogstomp é até hoje o álbum mais vendido da banda, e o mais pesado também. Talvez seja por isso que a rebeldia jovem e o ódio pelo mundo atual sejam mostrados tão explicitamente nas composições de Johns para este primeiro disco.

.elkan

domingo, 23 de dezembro de 2007

Biografia


  • Daniel Johns (Vocal/Guitarra)
  • Chris Joannou (Baixo)
  • Ben Gillies (Bateria)

O Silverchair, banda australiana que tem o seu estilo próprio e variando, começou em 1992, quando os integrantes tinham mais ou menos 13 anos. Eles já se conheciam há muito tempo, porém só quando atingiram essa idade resolveram formar a banda. "Já estávamos cheios de festinhas, praias, discotecas... queríamos algo para fazer... estávamos entendiados", disseram.

No começo, a banda se chamava "Innocent Criminals", contava com um segundo guitarrista, Tobin Finnane, e ensaiavam na garagem da família de Ben (baterista). No primeiro ensaio, era tudo uma bagunça: Tobin esporrando a guitarra, Ben batendo o mais pesado e o mais rápido que podia, Chris fazendo simples linhas de baixo e Daniel, que sabia que alguém teria que cantar, só gritava. “Ficou uma merda, mas na época achamos que tinha ficado bom”, diz o tímido garoto.

Certo dia, uma vizinha de Daniel, Sarah Lawson, o avisou de um concurso que a rádio local Triple J estava fazendo. A banda vencedora ganharia a gravação de um CD, um videoclipe e teria a exibição de sua música na rádio. Então, os jovens garotos pagaram por um estúdio e gravaram "Tomorrow", que naquela época tinha seis minutos e uma gravação muito ruim.

A demo de "Tomorrow" chegou entre os finalistas (bom ressaltar que eram MAIS DE 800 DEMOTAPES ). Um dos jurados, Nick Launay, a mixou corretamente, e ela foi a vencedora unânime. Felizes, os garotos gravaram um clipe para "Tomorrow" e um EP contendo quatro músicas ("Acid Rain", "Tomorrow", "Blind" e "Stoned"), dessa vez sem Tobin, que tivera que se mudar para a Inglaterra.

A Triple J tocou "Tomorrow" uma vez e de repente, milhares de pessoas começaram a ligar e pedir a música mais e mais. Pouco depois, eles assinam contrato com a Murmur, divisão australiana da Sony. Lançam o CD "Frogstomp", e várias músicas viram hits, como "Israel’s Son", "Pure Massacre" e, é claro, "Tomorrow". O CD foi gravado com apenas AU$15.000, mas rendeu mais de 1 milhão para cada integrante da banda. Sua vendagem foi muito alta: cerca de 3 milhões de CD’s foram vendidos pelo mundo inteiro.

As comparações com o Nirvana e o Pearl Jam eram muitas, e Daniel também era muito comparado com Kurt Cobain, odiando isso: "Kurt não era nem um ídolo para mim", diz. Começaram uma turnê mundial acompanhados pelos pais, pois eram menores de idade. Além dos pais, também levaram um professor particular, Jim Welsh.

.elkan